Genocídio em Ruanda

O maior genocídio africano dos tempos modernos. A maioria dos mortos era da etnia tutsi, e a maioria dos autores das mortes, da etnia hutu.

Histórico de violência 

 

Tensões étnicas em Ruanda não são novidade. Sempre houve conflitos entre a maioria hutu e a minoria tutsi, mas as hostilidades entre os dois grupos aumentaram consideravelmente desde o período colonial.   
Os dois grupos étnicos são na verdade muito similares - falam a mesma língua, vivem nas mesmas áreas e seguem as mesmas tradições.  
Entretanto, tutsis tendem a ser mais altos, mais magros e de pele um pouco mais clara do que a dos hutus. Alguns acham que a etnia teria sua origem na Etiópia.  
Durante o genocídio, os corpos dos tutsis foram atirados em rios. Seus assassinos diziam que os mortos estavam sendo enviados de volta para a Etiópia.  
Quando os colonizadores belgas chegaram à região em 1916, produziram carteiras de identidade classificando as pessoas de acordo com sua etnia.  
Os belgas consideravam os tutsis superiores aos hutus.   
Naturalmente, os tutsis gostaram da idéia e durante cerca de 20 anos desfrutaram de empregos e oportunidades de educação melhores do que os dos vizinhos hutus.  
O ressentimento entre os hutus foi crescendo gradualmente e culminou em uma série de revoltas em 1959.  
Mais de 20 mil tutsis foram mortos e muitos fugiram para países vizinhos como Burundi, Tanzânia e Uganda.  
Quando a Bélgica deixou o poder e deu independência a Ruanda, em 1962, os hutus assumiram o governo.  
Nas décadas seguintes, os tutsis tornaram-se os bodes expiatórios em todas as crises.